segunda-feira, 29 de julho de 2013

Monstrão: MV Bill está de volta

Ele representa muita gente, com suas letras sobre a vida e o modo como as coisas funcionam. Rapper, escritor, ator, cineasta e ativista brasileiro. Um grande talento do nosso país, MV Bill finalmente está de volta! Com 13 anos de carreira e 25 de música na veia! 

Nesta segunda-feira (29), ele lança mais um disco de sucesso, o álbum “Monstrão”. Com patrocínio da New Era Brasil para a impressão de cinco mil cópias do CD que serão distribuídas durante o tour do disco, Monstrão vem pra arrasar!



O novo disco foi gravado entre o final de 2012 e o primeiro trimestre de 2013. No total são nove faixas, produzidas por jovens DJs brasileiros, sob a supervisão do próprio MV Bill. Ele mesmo explica o processo de escolha do álbum e da essência das músicas: 

“Monstrão é uma expressão que identifica uma coisa bacana,forte, 'ducaralho', respeitável. Os adeptos mais jovens do hip hop se referem a minha pessoa dessa forma. Falei pra minha própria geração e agora falo para os filhos dela, e sobrevivo fazendo rap no Brasil por mais de uma década  #TemQueSerMonstrao” (risos).



É, tem que ser Monstrão mesmo, não é? E como nós adoramos o MV Bill tanto quanto vocês, fizemos uma entrevista exclusiva com ele, que você lê agora!

New Era - Qual a importância de se ter um selo próprio, como o Chapa Preta? De que forma isso influencia seu trabalho?

MV Bill - Ser independente tem seu preço, mas também dá uma liberdade maior de decidir quando e como o trabalho será compartilhado com o público. Tenho muitos anos de carreira e pela primeira vez lanço um disco com quatro clipes já lançados e um já pronto pra ser lançado em setembro. Só a carreira independente me proporcionou isso. Fechar com alguma gravadora ou selo não está descartado, mas hoje sou independente.

New Era -  No álbum “Monstrão” você escolheu diversos novos talentos da música eletrônica brasileira para a produção. Como foi o processo de escolha desses músicos e da gravação do disco?

MV Bill - Nas turnês fui recebendo muitos beats do Brasil todo. Já tinha meu time com o qual já estou acostumado a trabalhar, mas estou sempre atento aos novos talentos... E tive a chance de conhecer e trabalhar com alguns deles. O Brasil tá com uma safra muito boa de beatmakers.

New Era -  O que devemos esperar das faixas inéditas desse novo álbum?

MV Bill - Um caminho eclético, apesar de pertencer a um gênero único. Como já estou no sexto disco, já tenho uma certa liberdade pra explorar temas: relacionamento, balada, injustiça social, televisão... Tudo isso cabe em #Monstrão.

New Era - O nosso país está vivendo um momento peculiar e interessante, com diversas manifestações em toda a sua dimensão, que levantam causas pertinentes e, muitas vezes, pedem o fim da agressividade da Polícia Militar. De que forma sua música (como por exemplo “O soldado que fica”) dialoga com essa momento? 

MV Bill - Boa parte da minha obra é focada nesse sentimento, mas a maioria delas foram compostas só no imaginário, às vezes até duvidando que fosse possível ver uma mobilização apartidária, movida somente pela indignação. Mas, esse momento parece estar acontecendo! 
“O soldado que fica" é uma história que começa com crime e termina com uma família desmontada. Mostra que sem educação as chances são remotas e que "ocupação" é bem diferente de "pacificação”.




New Era -  Quais são os seus próximos passos? Vai fazer turnê pelo Brasil ou gravar algo mais em vídeo?

MV Bill - Tenho mais um vídeo pronto da música "Vibe da Nite" que foi gravado em Brusque, Santa Catarina. Tenho planos pra fazer no mínimo mais dois, que eu to desenrolando e buscando parceiros.

New Era -  Como você avalia esses anos de CUFA e a importância da organização na sociedade?

MV Bill - A CUFA ajudou e continua ajudando muitos jovens e sempre trazendo discussões que nos levam a uma reflexão sobre se temos e queremos um país mais justo, uma sociedade mais igualitária, partidos políticos mais representativos.

New Era - A CUFA tem o Hip Hop como principal forma de expressão. Como você analisa o movimento Hip Hop no Brasil? Qual a principal diferença em relação ao movimento americano?

MV Bill - O Brasil tem tamanho de um continente, muita diversidade musical e racial. A música, às vezes, está muito ligada ao contexto social. Como nosso país tem muitas diferenças, a musica também fica diversa! Mesmo dentro de um gênero especifico, há diversidade por ser Brasil!

New Era -  A New Era sempre acompanhou o MV Bill e tem uma grande admiração pela sua carreira e trajetória de vida. Qual mensagem você deixaria para o nosso público, que se identifica e tem um enorme respeito por você?

MV Bill - Agradeço aos amigos da New Era na conexão dessa parceiria! #Monstrao é só o primeiro passo de um caminho ainda longo e abençoado. #jahbless



Conheça a galera que produziu o “Monstrão”:

André Laudz - Jovem que MV Bill conheceu na adolescência, morador de Curitiba. Já teve seus Beats ouvidos por Dr. Dre, um dos produtores mais conceituados no mundo.
DJ Luciano SP - De Sampa, já trabalhou com o MV Bill em álbuns anteriores e é especialista em sampler de musica brasileira, em misturar rap com mpb.
Gug - De Salvador, ele mistura o eletrônico do rap com tambores regionais.
DJ Nyack - Além de ótimo DJ de festas, também toca com Emicida. A música que produziu para o MV Bill vai ser seu primeiro beat gravado em um álbum.
DJ Caique - Da zona norte de São Paulo, especialista em misturar rap com trilha sonora de filmes antigos e desconhecidos.

 E agora aprecie o magnífico "Monstrão" sem moderação! 


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