quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Diário do Jogador :: Igor Mota de Oliveira, do Cuiabá Arsenal

A gente conversou com o capitão do Cuiabá Arsenal e da seleção brasileira de futebol americano, Igor Mota Oliveira. Além de jogar como widereceiver e linebacker desde 2006 no time, o cara é formado em Educação Física e trabalha como professor de musculação e personal trainer.



O Arsenal está na semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, que será disputada dia 10.11 no estádio Dutrinha na capital do Mato Grosso. No jogo, eles enfrentam o Botafogo Espectros.

Como você começou a jogar futebol americano?
Um amigo me disse que havia umas pessoas que estavam brincando disso na universidade. Então um dia combinamos de ir ver como era e acabei gostando!

Alguém te influenciou?
Não, conhecia o esporte apenas por filmes e sabia que a bola era oval e que tinha proteções. Na época em que começamos, eramos apenas uma média de seis pessoas sem nenhum equipamente e sem nenhuma visão do que viraria aquela brincadeira.



Qual a característica de esporte que mais te chamou a atenção?
Uma das características mais legal do jogo é o esquema tático desenvolvido. Isso sempre me chamou atenção: organizar e executar estratégias para alcançar um objetivo. E a parte do improviso que seriam os dribles e capacidades físicas também sempre me chamaram atenção.

Na sua opinião, é difícil jogar futebol americano no Brasil? Tem reconhecimento?
Se tratando de apoio e estrutura, qualquer esporte é difícil de se praticar no Brasil, até mesmo o futebol "soccer". Em relação ao reconhecimento, ainda estamos no início do esporte no Brasil. Muita coisa está acontecendo rápido, e muito coisa ainda vai acontecer. Naturalmente, teremos um reconhecimento da parte de apoiadores e patrocinadores, assim como fãs.



O que os teus amigos acham de você se dedicar ao futebol americano? Eles estranham?
Meus amigos e parentes me dão a maior força. No início, quando apenas era uma brincadeira, um ou outro achava estranho, mas o fato de eu ir treinar não era estranho, já que sempre estive fazendo alguma coisa relacionado a esportes. Hoje em dia a maioria sabe e apoia, e tenta ir aos jogos do Arsenal.



Você é o capitão do time, qual a importância de sua atuação?
O capitão é a voz do treinador dentro de campo. Ele ajuda a transmitir as jogadas, verifica atuação de atletas e faz possíveis modificações inesperadas para suprir alguma necessidade. Além de estar em sintonia com o time, tentar manter a motivação dos atletas e o foco.



O pessoal de Cuiabá costuma acompanhar os jogos?
Sim, temos uma média de torcida excelente, que ultrapassa o público de futebol da cidade. É muito legal saber que temos pessoas que acompanham o time e que sempre comparcem aos jogos. Às vezes, alguns até acompanham treinos do time. Nós do Arsenal temos muito orgulho da torcida e agrademos sempre. Eles têm papel fundamental nos jogos em casa.

Como é a reação na cidade de vocês terem chegado às semifinais do campeonato? Estão todos confiantes, querendo incentivar e motivar os atletas. E nós, como atletas, colocando os pés no chão para que não fiquemos satisfeitos com o que temos até agora, mas com o que queremos ter, que é o título.

Como está sendo a preparação do time pras semifinais?
Preparação está sendo intensa, treinos voltados para a partida, muita informação para fixar e todos os dias analisando vídeos do adversários. Queremos fazer a nossa melhor partida do campeonato.



Momento inesquecível no time?
São vários, mas vou falar da vitória sobre o Fluminense Imperadores em 2010. Era uma semifinal, e sofremos a virada faltando pouco mais de dois minutos para terminar o jogo. Conseguimos caminhar e virar novamente o placar. No finalzinho, eles tiveram a oportunidade de vencer, e depois de chutarem um field goal acertaram a trave. A bola parecia estar em câmera lenta nesse momento. Foi inesquecível.

Qual a emoção de estar nas semifinais do Campeonato Brasileiro de futebol americano?
É uma sensação de merecimento, pelos trabalhos feitos até o momento, com uma vontade enorme de ir além. Sabemos da dificuldade e do privilégio de termos chegado até aqui, mas sabemos que temos um objetivo e estamos nos preparando para ele desde o início do ano, quando recrutamos novos atletas. Então agora estamos indo atrás do que nos dedicamos e nos comprometemos a fazer, que é dar o máximo nos treinos e nos jogos para nos sagrarmos campeões do Brasil!

Um comentário:

  1. Igor eh um dos atletas q eu mais respeito no futebol americano do Brasil alem de ser um grande amigo!
    Muito boa entrevista! Parabens!

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